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A reviravolta do meu Amor

Quando criança, eu não gostava de brincar de boneca, era mais do time de amarelinha/pega-pega/quebra-cabeças. Com 7 anos, vi no nascimento da minha prima (obrigada, Rê 😬) a oportunidade de dar um destino mais útil e feliz pras minhas poucas Barbies, o carro e as roupinhas dela – lembro de pensar: “Vocês merecem alguém que queira vocês”; o Ken (marido da Barbie) e os bonecos bebês também foram junto.

Quando adolescente, eu não pensava em encontrar um cara super legal, em namorar sério – noivar – casar; eu pensava em me divertir com meus amigos, em viajar, em estudar muito e ser feliz na minha carreira (sempre me imaginei conversando com várias pessoas sobre vários assuntos importantes, me achando muito “adulta” – e, ironia, hoje me esforço pra ter momentos que relaxo e posso ser boba e brincalhona rs).

E, então, virei adulta. Estou lá, tocando minha vida, sem bonecas, sem namoro, estudando e trabalhando, sendo feliz com meus amigos e minha carreira… e um evento acontece em forma de homem: o Cônjuge.

Ele apareceu como quem não queria nada. Eu olhei e pensei: vamos viver essa experiência, ele é legal, de boa, sem pressão… meu número, porque não muda nada em mim, não exige nada além do que posso e quero dessa relação. Vai dar certo, porque vai encaixar na minha vida, sem mexer em tudo que gosto e programo, e só fluir.

Doce ilusão.

A reviravolta se instalou.

Pisquei e, quando abri os olhos, estava namorando – mudei escolhas do dia a dia, mexi nos estudos e na carreira, olhei de verdade pra outra pessoa e quis estar com ela e fazê-la feliz.

Aprendi a doce alegria de cuidar muito de outro ser humano; saboreei o encanto de admirar muito uma pessoa; descobri os desafios de perdoar e ser perdoado em atitudes muito sérias, grandiosas e desafiadoras; experimentei o aconchego de ser protegida e olhada com carinho.

Uma revolução. O Amor foi se construindo em mim e, hoje, é minha principal sustentação e minha missão de vida.

Hoje, meu maior empenho é melhorar minha habilidade de amar. Trabalhar na construção de mim mesma pra ser mais cuidadosa, atenciosa, paciente, tolerante, compreensiva, persistente, doce, gentil, flexível, resiliente, corajosa, bondosa… Ser uma pessoa melhor nas habilidades que um ser humano pode ter, pra que assim eu seja mais capaz de dar Amor – pra mim mesma (porque sou um ser humano, também mereço), pro Cônjuge, pros meus amigos e familiares… pros meus pacientes… pras pessoas que param pra me ouvir e conviver comigo… pro mundo.

Peço desculpas pra Nina criança e pra Nina jovem, por não ter olhado pra essa mágica do Amor… e também entendo que elas foram corajosas em persistir vivendo ainda que nesse terreno árido que é a existência sem a conexão com esse sentimento tão lindo – agradeço muito a elas por isso, por terem resistido e me trazido até aqui, até o momento da reviravolta do meu Amor.

Invista em Amar – desejo essa reviravolta deliciosa, desafiadora e mágica pra sua vida também!

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Nina Ferreira Psiquiatra
Especialista em transtornos emocionais na infância e na adolescência

https://www.ninapsiquiatra.com.br/

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