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Psicopatia ou Sociopatia – Caso Lázaro

Transtorno de Personalidade Antissocial

Se você se chocou com a recente caçada ao fugitivo Lázaro Barbosa de Sousa, em Goiás, vem entender mais sobre esse comportamento dele no ponto de vista da saúde mental.

Popularmente chamado de psicopatia ou sociopatia, o transtorno de personalidade antissocial (termo médico correto) é caracterizado como um padrão persistente (ou seja, permanente, duradouro, estável) de desrespeito pelos direitos de outras pessoas e/ou de violações de normas e leis sociais.

Quem tem esse transtorno de personalidade não sente remorso, culpa, empatia ou afeto genuíno pelos outros, adotando comportamentos antissociais (que prejudicam a sociedade), em variados graus de severidade.  Pode ser desde comportamentos de oposição a qualquer indivíduo que imponha limites ou frustrações, de desafio a autoridades, até aqueles comportamentos que são qualificados pela lei como crime (como furto, roubo, homicídio).

Assim sendo, há um amplo espectro de gravidade do quadro, sendo que as pessoas chamadas pela mídia de “seriais killers” (assassinos em série), como o Lázaro, podem configurar o mais grave quadro possível dentro dessas variações. 

Importante destacar que não é possível afirmar que todo assassino em série tem transtorno de personalidade antissocial, pois cada ser humano é único e precisa ser avaliado em sua individualidade para um diagnóstico adequado de sua saúde mental. 

E nem tudo pode ser explicado pela ciência, que ainda não consegue definir, com total segurança e clareza, a origem desse grave transtorno de personalidade. Porém, há evidências consistentes de influências genéticas (temperamento), alterações neurobiológicas (na anatomia/estrutura e no funcionamento do cérebro) e influências ambientais desde a tenra infância, como negligência, maus-tratos, exclusão e abuso, principalmente por parte dos adultos cuidadores de referência, como os pais, por exemplo. É dessa complexa associação de fatores que se desenvolve esse ser humano incapaz de viver pacificamente em sociedade.

Não há cura para o transtorno de personalidade antissocial. Até o presente momento, o que a ciência propõe como intervenção é um acompanhamento multiprofissional, com uso de medicações para conter impulsividade e agressividade, além de psicoterapia para auxiliar na percepção e regulação dos comportamentos antissociais. No entanto, o grande desafio é que esses indivíduos, na maioria das vezes, não se percebem como errados e dificilmente buscam “ajuda” para melhorar seus pensamentos e comportamentos. Trata-se de um grande desafio para ciência e para a sociedade.

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    Nina Ferreira Psiquiatra
    Especialista em transtornos emocionais na infância e na adolescência

    https://www.ninapsiquiatra.com.br/

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